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Fala do Ser

Amanda Pinho
Psicóloga CRP
05/40240
Psicanalista ( Membro do Fórum do Campo Lacaniano)
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Sobre

Sobre

Sou professora da graduação de Psicologia da Unigranrio/Afya. Atendo em consultório (online e presencial) desde 2010. Trato de pessoas com diversos tipos de questões, independentemente da faixa etária, tendo a Psicanálise como referencial teórico. Sou membro do Fórum do Campo Lacaniano de Nova Iguaçu, mestre em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tendo trabalhado a questão da escuta do sujeito no campo da assistência social. Sou graduada em Psicologia (UFF) e durante a graduação participei do projeto de pesquisa: Psicanálise e Sintomas Alimentares. Fui Psicóloga do CAPSI de Belford Roxo durante quatro anos, onde trabalhei com crianças e adolescentes. Também atuei como psicóloga em dispositivos de assistência social (CRAS e abrigo infantil) por 10 anos. Acredito que a clínica se faz com afeto e cuidado, sem jamais prescindir de estudo constante e ininterrupto.

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Por que a Psicanálise?

"Assim, o sujeito que se sente impotente toma Viagra para pôr fim a sua angústia sem jamais saber de que causalidade psíquica decorre seu sintoma, ao passo que, por outro lado, o homem cujo membro é realmente deficiente também toma o mesmo medicamento, para melhorar seu desempenho, mas sem jamais apreender de que causa orgânica decorre sua impotência. O mesmo se aplica à utilização dos ansiolíticos e antidepressivos”. (ROUDINESCO, Por que a Psicanálise? – p. 24).

O homem é um ser da linguagem, portanto, seu corpo e seus afetos são atravessados por uma cadeia significante que dá sentido a essa existência, de forma que o adoecer acaba por metaforizar a condição desses sujeitos frente o mundo e as pessoas que o cerca. O corpo é sensível a palavra, tendo a terapia o poder de afetar o corpo, uma vez que a linguagem recorta o corpo, de modo que o sintoma vem como uma resposta, não tendo o sofrimento, então, muita coisa haver com anatomia. A dor para um médico demanda uma procura generalista, que propõe um tratamento-padrão, o que ignora as diferenças subjetivas entre aqueles que sofrem determinados males. O que a medicina então pode vir a ignorar é o fato de que um sofrimento pode recortar o corpo de tal forma que se produza uma dor, não necessariamente uma dor verificável em exames e passível de “medicação-padrão” . Assim a problemática é traduzida na frase de Elisabeth Roudinesco:

“Os psicotrópicos têm o efeito de normalizar comportamentos e eliminar os sintomas mais dolorosos do sofrimento psíquico, sem lhes buscar a significação”. (p. 21).

Nesse sentido, essa metaforização de um afeto que recorta o corpo é algo difícil de um médico discernir, por isso a necessidade de um trabalho em conjunto com uma área que se disponha a ver também as especificidades subjetivas, uma vez que cada um tem uma história de vida e é afetado de diferentes formas, não havendo possibilidade de generalização para cada sofrimento que um sujeito possa vir a apresentar. Na Psicanálise a via de trabalho se dá através da palavra, uma vez que se acredita que o sentido do sofrimento de um sujeito está negado, simbolizado de uma forma não clara, forma essa recalcada por ser de difícil aceitação ou entendimento para o eu. Assim, estabelecer relação de causa e conseqüência na análise de um sintoma é dar um sentido baseado em uma realidade que não comporta o vasto campo subjetivo dos homens, desse modo, por meio da associação livre, onde o paciente fala sobre o que lhe vem a cabeça, sem regras nem perguntas tabeladas, se pode chegar à imposição de pensamento que levou ao sofrimento, não se deixando enganar pelo sentido formulado a fim de conter a angústia e manter uma explicação que comporte certa coerência com o sofrimento exposto e o mundo exterior. Nesse sentido, o tratamento psicanalítico dá lugar a verbalização de um sofrimento, de modo que ao encontrar palavras para expressá-lo, o paciente possa tomar consciência de sua origem e assumi-lo. Dessa forma, o analista não se pauta em uma cura nem mesmo em modelos de tratamento, mas sim vendo caso a caso como essa metaforização pode possibilitar uma via de simbolização desse sofrimento e entorno para significações que permitam ao paciente lidar com sua doença e escolher pela vida, negando uma padronização do que seria ser “ser humano” viabilizando o advento de todas as suas potencialidades.

· Sugestão de leitura: Por que a Psicanálise? / Elizabeth Roudinesco; tradução, Vera Ribeiro. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.

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